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Prologo

Sempre ouvi meus pais falarem, gritarem para falar a verdade, como nós adolescentes nos achamos imortais e pensamos que nada nunca ira nos atingir. Engraçado, eu me sinto como se o tempo estivesse se acabando rápido de mais e que já não houvesse como recuperar o que foi perdido. O mais estranho é estar tão perto da morte e não poder vivê-la ou, melhor, morrê-la.
Os corredores desse lugar estão impregnados de morte, eu não sei como não tinha reparado antes. Todos aqui estão esperando a sua vez, claro que alguns vão escapar, por hora, mas não todos. A hora de todo mundo chega e nem sempre é como e quando esperávamos.
A morte é algo que assusta e assombra todo ser humano que ainda respira, principalmente por todos os mistérios que a cercam. Mesmo sendo assim, eu começo a ver uma certa beleza na morte e, apesar de nunca ter acreditado em vida após a morte, eu sinto bem lá no fundo que isso não será o fim, há algo alem da vida e da morte. Realmente espero que seja verdade, porque, se for, a Suri ainda estaria olhando por mim e eu não teria que me sentir tão só.